segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Mãos à água

O meu excelentíssimo esposo acha que eu tenho um problema com bichos. A bem dizer não é com todos os bichos (eu adoro animais) mas com aqueles que são potenciais transmissores de doenças. Talvez por vício de profissão passo a vida a mandar os miúdos lavarem as mãos e gosto muito de colocar saboneteiras com sensor (daquelas que não é preciso tocar para que o sabonete líquido caia) na casa-de-banho dos miúdos. Já o meu excelentíssimo esposo embirra com essas saboneteiras porque são uns mamarrachos (realmente não conheço nenhuma que deva muito ao design) e porque, uma vez que os nossos miúdos não são propriamente uma paz de alma, desperdiça-se muito sabonete se não se tiver o cuidado de tirar a saboneteira da trajectória de passagem habitual das mãos deles.

Ora, recentemente, tivemos um surto epidémico de bicharada cá em casa (nem me peçam para explicar), culpa da má higiene das mãos, e eu resolvi atacar em força com um programa familiar de lavagem frequente e correcta das mãos. A Carolina, que ficou especialmente preocupada com a vulnerabilidade da Ritinha, resolveu ajudar-me e fez um cartaz que colou na porta da cozinha.


Ontem o Gui veio para a mesa imediatamente depois de eu o chamar (o que não é nada habitual, mas por razões alheias à higiene das mãos) e eu perguntei-lhe se ele já tinha lavado as mãos. Ele olhou para mim muito envergonhado e respondeu que não. Eu mostrei-me zangada e perguntei-lhe se ele não tinha visto o cartaz na porta da cozinha. Ele não se atrapalhou e respondeu:

- "Não vi puque a pota tava abeta e, além disso, eu não shei ler nem percebo nada do desenho."

E o que é que eu respondo a isto?

3 comentários:

  1. :)Um futuro advogado, com bons argumentos na ponta da língua.
    Beijinho

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  2. Estou a ouvir o meu filhote mais pequeno a dizer isso!!!!!!
    É tão engraçado ver que as situações se repetem em várias casas!!!!
    Carmen

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