domingo, 14 de abril de 2013

Alta noite no Altis

E de repente, surpresa, surpresa. O dia de ontem, de que falei aqui, surpreendentemente acabou aqui:


A prenda da Teresa dos 11 anos de casado foi uma massagem de relaxamento para casal (ah, tanto haveria a dizer sobre isso, mas fica para uma próxima oportunidade) e uma noite no Altis Belém. Não estava nada, mas nada, à espera, o que só deu mais sabor à coisa. Tínhamos combinado ir jantar juntos, mas nada mais do que isso (e, garanto-vos, só isso já costuma ser bastante bom). Mas eis que de repente ela aparece-me no carro com uma mala. E eu: what?

Loucura: uma noite a dois. Lá rumámos ao Altis Belém, um hotel com que sonhava de cada vez que passava na 24 de Julho mas que até agora só tinha visto da estrada. Posso garantir-vos que aquilo que oferece por dentro está à altura do que se vê por fora. O que significa que o meu acordar (invejem, invejem) foi muito parecido com isto, embora com a cama um bocado mais desarrumada e a vista um bocado menos desafogada (esta foto é da suite do hotel - nós ficámos num quarto mais barato, com vista para as docas).


Foi um momento não só bom e bonito, como diria Artur Jorge, mas sobretudo inesperado, porque sei perfeitamente que a Teresa deve ter respirado várias vezes para dentro de um saco de papel para evitar a hiper-ventilação no momento de marcar o hotel. Nós temos uma babysitter na qual temos absoluta confiança (trabalha no infantário dos nossos filhos), mas foi a primeira vez que ela passou a noite em nossa casa - e para a Teresa deixar a Ritinha com apenas sete meses e meio, mesmo que só por uma noite, é preciso estar realmente com muita vontade de me tratar bem.

O argumento dela foi: "tu andas a queixar-te tanto..." E com razão, acrescentei eu, fazendo um grande "yes" por dentro. Eu sabia que tanta choradeira algum dia haveria de dar resultado. De facto, eu preciso destes momentos como de pão para a boca. Uma das coisas que me dá mais forças para aguentar o stress do dia-a-dia e as discussões domésticas mais parvas é esta certeza, fundamentada em factos e provas irrefutáveis, de que eu e a Teresa continuamos a divertirmo-nos imenso quando estamos juntos. Enquanto assim for, podemos dormir descansados. Seja com vista para as águas do rio, seja com vista para o cimento do prédio da frente.

6 comentários:

  1. Que bonita prova de amor! Nao o hotel mas a coragem de deixar a pequerrucha para ir infestir no casamento ! Muitas felicidades !

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  2. Ai joão, joão! Deve andar a queixar se mesmo muito! As mulheres precisam de mimo!

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  3. Revejo-me perfeitamente neste post! Também eu o meu marido aproveitávamos todas as ocasiões para fazermos programas a dois ( Obrigada à minha mãe e irmãs!) e era tão bom descobrir que ainda nos divertíamos juntos!!!!! agora , com os 3 filhos adultos (a uns meses de sermos (avós), continuamos a fazer escapadelas e continua a ser tão bom!

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  4. Tão giro este texto!!!
    Uma verdadeira homenagem ao amor, à cumplicidade e à felicidade!!!
    Que venham mais 11, pelo menos!!!
    Parabéns!!!

    Elsa

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