quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Queria ter quatro mãos

O tempo passa depressa. Parece que a Rita nasceu há dois dias e já chegou a hora de deixar de estar as 24 horas com ela para poder retomar o trabalho. É a quarta vez que isto me acontece e nem por isso se torna mais fácil este afastamento necessário e, mais tarde ou mais cedo, saudável. Apetece estar cá e lá... Sabe bem voltar a ter tempo para nós, mas custa tanto deixar de estar sempre por perto para acarinhar, brincar, alimentar e ir observando as pequenas descobertas diárias de uma bebé de quase cinco meses.

É claro que ela vai ficar bem, pelo menos tentámos garantir que assim fosse, mas os primeiros dias vão ser difíceis. Talvez por isso tenha gostado tanto da ideia de arranjar duas mãos a mais para poder deixá-las à Rita quando for trabalhar. Este é o conceito das Zaky, umas almofadas australianas que imitam a forma das mãos e que foram já muito premiadas pelo seu efeito terapêutico, confortador, facilitador do sono e da postura. Inventadas por uma médica (mãe de um prematuro que precisou de permanecer numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais durante cinco meses) elas permitem que o bebé sinta o toque (ou não tivessem a forma de mãos), o cheiro (basta dormir enroscada nelas umas noites para que o cheiro da mãe ou do pai se entranhe) e o calor dos pais (aconselham a colocá-las por breves minutos na máquina de secar roupa), mesmo quando eles não podem estar por perto, o que conforta e acalma o bebé. Existe até um programa de donativos a hospitais pediátricos e Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais na Austrália e Nova Zelândia para aquisição e fornecimento de Zakys nessas instituições.

Mesmo parecendo retiradas de um filme da Família Addams acho que os resultados compensam. Não sei se mais para a mãe, se para a filha.






Existem em várias cores, podendo até fazer-se combinações - uma mão rosa com cheiro da mãe e uma mão azul com cheiro do pai - e compram-se aqui. São é caríssimas (perto de 80 euros, mais portes).

6 comentários:

  1. A mim, mãe de três, também o mesmo se repetiu com cada um deles: por um lado, a dificuldade em não estar com eles sempre perto, por outro, a vontade de regressar a uma vida profissionalmente activa.

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  2. O tempo passa a voar… senti isso no Domingo quando dei a sopa pela 1ª vez ao meu fiho, também, de 4 meses.

    Também já regressei ao trabalho…pffff… mas estou em paz!
    Deixei-o nos meus pais. Andam super contentes, apaparicam o neto, fazem filmes das suas novidades diárias… (hoje foi o "cocó moldado" ahahahaah)

    Sinto-me uma sortuda por ele ter uns avós com capacidade para ainda cuidarem e educarem o neto.

    A Ritinha vai ficar bem, concerteza, será mais uma nova fase para ela!

    Um bom regresso ao trabalho!

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  3. Bom regresso ao trabalho. As super mãos parecem estupendas.

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  4. Lamento, mas parece-me meio patético, que sirva os propósitos com que foi pensada e tenha efeitos em bebés prematuros, posso até conceber; mais do que isso, acho patético! E acho mais, um bebé, assim que nasce liberta-se literalmente da mãe e tem que aprender a lidar com isso... com essas mãos - ainda por cima medonhas, certamente que um bom peluche, com o cheiro da mãe, deve fazer o mesmo e é mais bonito - quando tiver 10 anos ainda deve a andar à procura da 'bengala da mão'!!
    Não sei, digo eu.
    Tenha um bom regresso ao trabalho e felicidades para o bebé.
    Boa noite

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  5. O conceito das "mãos" é o máximo :) Já essa dualidade de sentimentos do querer ficar mais tempo com o bebé por um lado, mas querer também regressar ao trabalho por outro, também me são familiares. Foi uma guerra interior difícil de gerir!

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