quarta-feira, 3 de julho de 2013

Surf Mania

Desde que nos mudámos para o Areeiro o surf passou a fazer parte da nossa vida. Nenhum de nós tinha experimentado surfar, mas quase todos os dias, ao chegar à cozinha de manhã, nos deparávamos com o fato de surf de um dos filhos dos nossos vizinhos do lado pendurado na corda da roupa. Achávamos imensa graça vê-lo chegar à tarde do trabalho de fatinho e gravata e a sair logo a seguir de prancha na mão, fizesse chuva ou sol.

No mês passado resolvi interpelá-lo no elevador, e fiquei tão impressionada com os benefícios para a saúde física e mental de que ele me falou, que resolvi procurar uma boa escola de surf para aí inscrever a Carolina e o Tomás na primeira semana de férias, como prémio do final do ano escolar e reconhecimento pelo muito que trabalharam. 

Acabei por perceber que o surf é um dos desportos mais completos, trabalhando todos os grupos musculares, excelente como exercício cardiovascular e perfeito para o treino do equilíbrio e coordenação motora. Isto para não falar de que é um excelente exercício de relaxamento, no qual o contacto directo com a natureza tem um papel essencial. Além disso, é indicado para praticamente todas as idades, dos 5 aos 85, desde que a saúde cardiovascular assim o permita, o que deixou alguma esperança - em mim e no João - de ainda virmos a conseguir "curtir" umas quantas ondas, apesar do reumático. Segundo as palavras dos surfistas, não há nada que um dia de surf não cure.

Convencer o Tomás a participar foi o mais complicado (o João já aqui falou disso), mas lá consegui dar-lhe a volta - e depois de experimentar já ninguém o ouvia falar de outra coisa. Ele era "Aloha" para cá, "drop" e "take-off" para lá, desenhando surfistas em tubos e sonhando ser um Big Rider (leia-se "surfista de grandes ondas"). 

Já a Carolina adorou a ideia desde o primeiro momento e no final do dia de estreia já dizia que era uma surfista profissional (como seria de esperar, pois a ela sobra-lhe a confiança que falta ao Tomás).

De entre as imensas escolas disponíveis escolhemos a Samadi. Apesar de não ser muito barata (o preço depende do número de participantes do grupo e, no nosso caso, eram só dois), o valor incluiu fato, prancha, almoço, duas aulas de surf diárias, seguro, várias actividades de diversão durante a digestão e as horas de sol proibitivo, visita a uma fábrica de pranchas, registo fotográfico de algumas aulas, e ainda transporte, o que acabou por compensar largamente. Os monitores são credenciados pela Federação Portuguesa de Surf e pela Universidade Lusófona e não lhes faltou paciência e simpatia para virar a cabeça do Tomás, o que só abona a favor deles.

Duas semanas depois, eis as fotos que provam o sucesso da experiência. Que certamente não vai ficar por aqui.

Um olhar e um sorriso cheios de confiança.

E não é que ela conseguiu mesmo?

I'm the queen of the world!

Aguenta-te, Tomás!

Ai, ui, ui, ai, quem é que está a abanar o chão?

Yes!

4 comentários:

  1. Parabéns aos dois surfistas! E parabéns aos pais, que souberam escolher uma boa atividade e uma boa escola! :-)

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  2. ...ó pá, e não é que chorei com isto?!
    Tão lindos, os vossos filhos, tão bom isso tudo, tão querido ter uma família assim, tão maravilhoso terem tido a fortuna de se encontrarem, de permanecerem, de terem gerado esses infantes fantásticos, todos promissores no horizonte da esperança que a tantos falta, por tantas razões.
    E estou para aqui a fungar mas resmungo que é alergia e tal, mas o que é mesmo é felicidade por haver quem seja assim. Genuinamente feliz.
    Boas ondas!

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  3. Só me ocorre uma coisa (que não é bonita)... inveja...

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  4. Maravilhoso!!!
    O meu Tomás também queria aprender, a ver se na "nossa praia" vão dar aulas este Verão...no decorrer das nossas férias!

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