terça-feira, 14 de maio de 2013

Angelina, que foste tu fazer?

A minha médica da família anda um bocado afastada deste blogue, porque parece que tem de tomar conta dos filhos e da casa e assim, mas acho que é seu dever vir elucidar-nos sobre isto, o tema de que toda a gente fala - e com razão. As maminhas da Angelina já me deram em tempos algumas alegrias (espirituais), e portanto a coisa faz-me mesmo muita impressão. Como é, doutora? Faz sentido ou não?


16 comentários:

  1. Ela tirou as dela mas colocou implantes para substituir. :)

    ResponderEliminar
  2. Que foi ela fazer? Salvar a sua vida, não?

    ResponderEliminar
  3. Medicamente, há sempre divergências nestas coisas. Mas acho que o mais importante não era virmos nós dizer se faz sentido ou não, como tem sido uma constante desde que a notícia saiu. Todos têm algo a dizer, uma opinião a dar acerca da clareza ou não de espirito da mulher. Parece haver uma enorme dificuldade nas pessoas em perceberem que fez sentido para ela, foi uma opção dela. Não sei o que faria no lugar dela e é curioso que tantos que não passem pelo mesmo tenham já muita convicção do que fariam. A única coisa que sei é que respeito a sua decisão.

    ResponderEliminar
  4. Acho que foi a atitude mais correta,dado que reduziu de 85% para 5% a probabilidade de ter cancro.
    No lugar dela faria igual ;)

    ResponderEliminar
  5. O que fez ela? Eu diria que reduziu e muito as hipóteses de morrer e sofrer da mesma doença que a mãe sofreu. E acho que muito mais do que uma decisão difícil foi de uma enorme coragem. Como o comentário anónimo dali de cima a única coisa que sei é que respeito a sua decisão.

    ResponderEliminar
  6. O que Angelina foi fazer? Partindo do principio que não terá mais filhos biológicos, escolheu remover uma parte do corpo que não tem uma função essencial a cumprir (dar alegrias espirituais ao João Miguel Tavares e outros não é uma função essencial, parece-me) de forma a reduzir drasticamente a probabilidade quase certa de ter a doença com que viu a mãe morrer... (antes havia apenas 13% probabilidade de não ter; agora tem cerca de 5% de ter!)

    Teresa

    ResponderEliminar
  7. Será que ainda ninguém tinha percebido que ela pôs implantes direitinhos numas mamas de Mãe? E a desculpa foi o cancro? Quando a mãe dela morreu de Ca dos ovários? Isso é que eu queria que ela removesse e ficasse em menopausa precoce! Aí o Brad bradava aos céus!!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Que pessoa tão mesquinha e com valores tão baixos!!

      Eliminar
    2. Para isso não precisava de ter divulgado publicamente: ninguém repararia.
      Para além disso, uma mastectomia está longe de ter um pós-operatório confortável...

      Eliminar
    3. Era bom que se informasse antes de dizer algo onde se denota tanta ignorância....sendo mulher, ainda é mais grave!

      Eliminar
    4. Este comentário é tão insensível e chocante que não consigo deixar de responder.

      Primeiro, a Angelina Jolie (ou qualquer outra mulher, tendo sido mãe ou não, que esteja insatisfeita com o seu peito e possa pagar a intervenção) não precisaria de fazer uma mastectomia para colocar implantes de silicone nas suas 'mamas de mãe'. Os implantes são colocados por cima ou por baixo do tecido mamário, não em vez do tecido mamário.

      Segundo, se a intenção fosse apenas fazer uma operação estética, Angelina Jolie não precisaria de qualquer desculpa para a fazer. Não seria certamente a primeira actriz de Hollywood nem a única a colocar implantes mamários. Quero também acreditar que nenhuma pessoa mentalmente sã, mesmo se não tivesse perdido a mãe e a avó materna por causa do cancro, usaria essa doença como desculpa para fazer uma operação estética. (Um aparte, Marcheline Bertrand lutou contra um cancro da mama e um cancro dos ovários, esse informação até na wikipédia se deve encontrar).

      Certamente - e felizmente - a Ana Silva nunca perdeu ninguém com a doença (e, por doença, refiro-me a cancro, somente cancro; seja de ovários, de mama, de prostata, o sofrimento do paciente oncológico não difere muito) e por isso talvez não tenha muita informação sobre a questão. Mas desejar que uma qualquer pessoa removesse os ovários não parece falta de informação, antes revela falta daquela compaixão que nos faz humanos.

      Eliminar
    5. Cara Ana você desejava que a Angelina Jolie removesse os ovários mas o que faria bem ao mundo era que lhe removessem a si a pequenina parte que resta do seu cérebero que mesmo assim ainda lhe confere a capacidade de dizer estas atrocidades. Eu se fosse a si aproveitava o que lhe é tão escasso e ia cheirar as flores, por exemplo, em vez de andar a destilar veneno.

      Eliminar
    6. Cara ana silva, a ignorância é tão estúpida. pesquise e infome-se antes de opinar para o ar, sobretudo num assunto tão delicado. A mutação do gene BRCA1 (ou 2), embora seja rara na população, predispõe de forma aumentadíssima (os tais 90%) a cancro da MAMA E DO OVÁRIO, numas acontece uma coisa, noutras pessoas outra; geralmente em mulher JOVEM. O cancro do ovário é mais mortal do que o da mama. E depois desta decisão é possível que tirar os ovários seja o próximo passo. A probabilidade aumentadíssima de ter cancro, quer um, quer de outro, está lá. A solução nestes casos, que TAMBÉM HÁ EM PORTUGAL, em gente NÃO FAMOSA é a vigilância apertadíssima desde jovem (muito mais do que a vigilância normal) ou a remoção profiláctica das mamas e ovários (e aliás, é mesmo proposta a histerectomia e ooforectomia a partir dos 35/40 anos). Isto é proposto cá em portugal, sem qualquer diferença. Desde que seja decisão da mulher e que a pessoa seja portadora do gene (uma questão de custo-benefício, é assim que se chama em ciência - é tão provável, que vale a pena correr o risco desde que seja desejo da doente). O que geralmente se percebe pela história familiar, porque sendo as probabilidades altíssimas nestas famílias há quase sempre gerações seguidas com cancro da mama/ovario em idades precoces em relação ao habitual. E quem fala asism é por total desconhecimento da área, porque mesmo uma cirurgia destas, sem o peso efectivo de doença oncológica, é muito dolorosa e dificil de aceitar. Eu aplaudo de pé esta decisão e na mesma situação só não faria o mesmo por falta de coragem. Só tenho pena que este tipo de assuntos seja sempre motivo para discussões popularuchas vindas de pessoas completamente desinformadas.
      E nem gosto particularmente da actriz.
      Quanto ao João, parabéns pelo blog, que leio sempre, mas este post pareceu-me demasiado leve para o assunto que trata. A sua mulher certamente será a melhor pessoa para explicar a situação com razões mais que científicos (e não estéticas).

      Eliminar
  8. Confesso que estive a ponderar se deveria partilhar a minha história ou não... mas não resisti.
    Partilho um texto que escrevi e postei no meu Facebook pessoal, após ter sido questionada várias vezes sobre o assunto.
    De forma contextualizar o texto convém dizer que sou doente oncológica. Cancro de mama bilateral aos 32 anos . A minha mãe também tem cancro de mama. O nosso diagnóstico teve apenas 3 semanas de diferença. Ambas sempre pedimos para que nos fosse feita mastectomia. Desejo permanentemente negado... Após o diagnóstico fiz os tão falados testes genéticos. Negativo. É "apenas" uma coincidência infeliz.
    Não sou médica. Sou apenas uma doente que, como me diz a minha médica de oncologia, tem vindo a surpreender por não fazer muitas perguntas mas, sobretudo, pela garra com que luta diariamente por sobreviver abraçando com um sorriso todos os tratamentos propostos.
    Eis o texto:
    "Ainda acerca da mastectomia preventiva da Angelina Jolie:

    Hoje, enquanto fazia uma viagem para ir almoçar com amigos, ouvi na radio Comercial um spot publicitário a uma revista que, referindo-se à dita senhora, terminava dizendo qualquer coisa como "Conheça esta história de coragem(...)"

    Os meus ouvidos bloquearam e não conseguiram ouvir mais nada. História de coragem???
    Desculpem, mas colocando a modéstia um bocadinho de lado, apraz-me perguntar: Quando a história dessa senhora é de coragem, qual será o adjectivo que associariam à minha história? E à história da minha mãe? E a de todas as pessoas que tiveram de lutar efectivamente contra a doença?
    Poupem-me a falsos preciosismos. Até posso acreditar que a motivação da Angelina para divulgar a sua história tenha sido alertar para a doença em si. Mas o que está a acontecer é uma relativização do Cancro da Mama. A senhora está a ser colocada num pedestal por ter feito o que fez, sem sequer ter a doença. Mas a realidade é tão diferente... não faz mastectomia preventiva quem quer, mesmo tendo uma alta probabilidade de vir a ter a doença, ou até mesmo tendo a doença nem toda a gente é mastectomizada.

    Desculpem, mas estou a ficar um bocadinho cansada da leviandade e dos facilitismos à volta do assunto. Isto é tudo muito complicado. Isto é pesado. Dói. Sofre-se. Não minimizem o que passamos, apenas porque não somos figuras públicas. A nossa VIDA é tão (ou ainda mais!) importante como a VIDA de uma figura pública. Também amamos e somos amados. Também fazemos falta a quem nos quer bem. Também temos um sentido para o que andamos cá a fazer.
    A Angelina demorou 3 meses a fazer o percurso e diz que foi muito difícil.
    Eu, no que me diz respeito, gosto muito de andar por cá. Por isso luto há 1 ano e meio pela vida. e não, não é muito difícil. É dificílimo. É doloroso. Mas sei que quero muito ser feliz, mas sobretudo fazer os outros felizes! É por isso que continuo a caminhar..."

    Deixo ainda como nota que, não estou nada contra a decisão que tomou. Apenas não consigo "encaixar" a forma como os media estão a tratar o assunto.

    ResponderEliminar