Após um breve comentário sobre fidelidade, uma amiga minha chamou-me a atenção para uma belíssima entrada do mais recente volume da Enciclopédia da Estória Universal, que o Afonso Cruz anda a produzir (ou a coligir) com todo o talento e imaginação que se lhe reconhece. Essa entrada chama-se "Dilema dos amantes", e é sobre uma mulher que confessa um dia ter-se apaixonado por um homem casado. Até que a certa altura percebeu o seguinte:
Se ele a enganar, é porque não tem carácter, e não o quero. Se não a enganar, quero-o, mas jamais o terei.
Eis um magnífico paradoxo conservador. Tão bonito. E infelizmente tão fora de uso.
Boa noite. Tive de fazer uma pausa na correção dos testes para lhe contar que hoje um aluno do 8º ano apresentou a sua crónica dos 40 anos como se fosse ele o cronista. Meio sério, meio divertido, lá falou dos seus (dele) cabelos brancos e da preocupação com a próstata!
ResponderEliminarAh, ah, ah. Mas ele estava a gozar ou fui mesmo plagiado por um puto de 14 anos?
Eliminar"Dilema dos amantes" poderia chamar-se "Dilema-diamante", tal o valor do dilema - valor esse que se deve à raridade e excecional qualidade do mesmo...
ResponderEliminarJMT, porque acha que é tão fora de uso?
ResponderEliminarÉ verdade, infelizmente já não é um dilema para (quase) ninguém. O carácter foi substituído pelo vale tudo...
ResponderEliminarAndreia: não foi ainda.
ResponderEliminarO simétrico existe (ainda): Tendo carácter, abandonar tudo e ficar sem nada.