Eis os dois primeiros parágrafos do meu texto de hoje na revista do CM:
Eu não vivo na mesma cidade do meu irmão desde 1986, quando
ele deixou Portalegre para ir estudar Engenharia Têxtil para a Covilhã. Já lá
vão 26 anos. A sua vida foi-se desenrolando no eixo Covilhã-Portalegre, e a
minha vida instalou-se em Lisboa. Ele é o primogénito da família, quatro anos e
meio mais velho do que eu, o que é uma diferença de idades significativa quando
se é criança. Os seus amigos nunca foram os meus amigos, nunca vimos os mesmos
desenhos animados, e ele ganhava-me sempre a jogar à bola e ao ZX Spectrum.
E no entanto, há poucas coisas de que me orgulhe mais
na vida do que a relação que tenho com o meu irmão. O meu mano é o meu mano. E
quando olho para os meus filhos, o que de melhor posso desejar para eles é que
sintam uns pelos outros o que eu sinto pelo meu irmão e o que o meu irmão sente
por mim – porque a absoluta certeza desta reciprocidade é uma coisa rara, que
não se alcança em todas as famílias.
O resto pode ser lido aqui:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/tavares-ensemble-choir
Gostei muito do seu texto.
ResponderEliminarÉ esta relação que tenho com a minha irmã. Nem imaginaria que fosse de outra forma.