E quando digo do mercado, é do mercado mundial. Nem na Amazon se encontra. Minto: é sempre possível encontrar coisas como esta, se se vasculhar fundo nas prateleiras ou nas lojas de chineses:
Mas em geral isto é chungaria do pior. Além das cores ridículas - qualquer profissional destas coisas sabe que não se misturam índios verdes com azuis e vermelhos e amarelos -, estes bonecos made in China usam moldes de bonecos antigos (eu brinquei com alguns que se podem ver na imagem) mas a qualidade de fabrico dos dias de hoje é abaixo de miserável, com acabamentos a anos-luz do antigamente.
É certo que marcas super-profissionais como a alemã Schleich ainda têm alguns índios e cowboys no seu catálogo, tipo este
A questão é esta: onde estão as alternativas aos antigos bonecos da Timpo ou da Heimo? Por muita tecnologia e jogos de computador que por aí haja, os miúdos gostam de variar. As crianças de hoje em dia têm as mesmas cabeças das crianças de há 30 anos, e basta ver o meu Tomás a delirar com os meus brinquedos antigos - cada vez que ele chega ao Alentejo a primeira coisa que pede é para a avó lhe ir buscar os velhos bonecos - para percebermos que o mundo dos bonecos infantis não tem necessariamente de ser reduzido à avalanche de merchandise de Hollywood.
Brinquedos maravilhosos como estes
ou estes
continuariam a animar a actual geração se estivessem à disposição dos mais novos. Porque, de facto, a brutal uniformização das actuais lojas de brinquedos é absolutamente assustadora. Basta ir à Toys'R'Us para percebermos como é possível haver, ao mesmo tempo, tanta, tanta coisa, e tão pouca variedade.
O ministro Álvaro quer salvar o país a exportar pastéis de nata. Pois eu cá quero salvá-lo a exportar brinquedos à moda antiga. Há por aí sócios capitalistas que saibam como é que se fabricam bonecos em plástico? Eu cá estou nessa.
ahahah adorei o post e tanta verdade contem!
ResponderEliminarO que vale é que lá por casa o brinquedo favorito são mesmo os lápis e canetas e as folhas novas ou recicladas para fazer desenhos. Mas a minha filha também só gosta de brincar com bonecos pequeninos, claro não os cowboys das fotos porque ela é toda feminina, mas aposto que se num sitio qualquer os encontrasse, também com eles brincava!
Não me parece nada má ideia. Mesmo! E, muito curiosamente, depois de ler o seu post recebi o telefonema de um fornecedor que, não tendo nada a ver com isto, tem o know how e a tecnologia para fazer isto, ou parte disto. Será um sinal? ;))) Achei curioso, e tive de partilhar. Também eu, que sou bem mais crescida do que o João, tenho saudades dos bonequinhos de plástico, uns que vinham com os gelados da Olá. Tinham a ver com o marketing da altura - era a colecção das figurinhas da Branca de Neve, do Coyote, do Astérix ... mas faziam as minhas delícias e tenho saudades.
ResponderEliminarClaro que hoje, com toda a legislação sobre comida e os múltiplos (e justificados) cuidados com as crianças e os brinquedos muito pequenos, não me parece que venha a ter a vida muito facilitada, caso decida meter-se no negócio. Mas que era negócio .... era ! ;)
...E porque não?! Em Inglaterra, foram os berlindes o mote para um negócio de puto:
ResponderEliminarhttp://www.marbleking.co.uk/
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2130141&seccao=Europa
ResponderEliminarEncontrei estes aqui:
http://www.amazon.es/Juguetes-Multi-Soldados-Indians-10/dp/B001C6HNOM/ref=sr_1_9?ie=UTF8&qid=1365519388&sr=8-9&keywords=soldados+de+juguete
É um conceito interessante, não muito longe de ideia de negócio que tive há tempos... Ora, o que é preciso é "bater punho" e também por isso, estou solidária.
ResponderEliminarO Nuno Markl é que é especialista em ressuscitar relíquias da infância, consequência da Caderneta de Cromos, talvez ele possa dar-lhe uma ajuda!
Ah e a minha filhota gosta mais dos meus pinypons antigos, que também estão na aldeia, do que com os dela!
ResponderEliminarNa loja Kid to Kid em Telheiras, que é uma loja de brinquedos e roupa usada de crianças dos 0 aos 12 já lá comprei soldadinhos verdes e outras coisas que alguém lá pôs è venda. Aparecem muitas vezes coisas antigas e até importadas. Sim, que tenho um "balancé" com o egas e o becas e com música, coisa que nunca vi cá à venda. Abraço.
ResponderEliminarE aqui?
ResponderEliminarÉ uma loja da Baixa de Lisboa, vi uma reportagem na RTP à uns tempos...
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.311493008901640.88695.179377525446523&type=3
Rita
O Marco de certeza que alinha nessa tua ideia :)
ResponderEliminarConcordo com o João, eu e a minha irmã tínhamos imensos bonecos desses, éramos umas Marias rapazes,mas infelizmente de-mos tudo a medida que íamos crescendo a nossa mãe dava as coisa. Hoje em dia tenho muita pena, não ter ficado com esses e outros bonecos para o meu filho brincar, pois adora, apenas consegui guardar os playmobil que agora se juntam ao kiko e com os meus soldadinhos, que kiko adora brincar e montar os seus cenários.
ResponderEliminarCatarina
Soldadinhos, indios ou comboys - obviamente nunca brinquei por ser rapariga. Sempre preferi as barriguitas, os pinipons e os legos, ahhhh os legos… que saudades.
ResponderEliminarDigo "obviamente" estupidamente, porque o meu irmão, rapaz, tinha 4/5 anos e para o Natal ou aniversário pedia Polly Pockets, imagine-se! Ahahahahah Até houve um ano no Natal que pediu a Barbie fazedora de bolos (vinha com batedeira, pózinhos e tudo p/ fazer bolos). E teve, o sortudo! Só para que saibam, o Afonso acabou por tirar o curso profissional de cozinha. O puto deve ter descoberto a vocação quando brincava com a boneca; e não foi para bailarino como as Polly Pockets.
Mas descobri à pouco tempo, a propósito de ter um rebento de 7 meses, a Girafa Sophie. Conhece?! Pesquisei e li que a mesma já é cinquentona, e a borracha é feita ainda por processos artesanais.
Deixo o link para curiosidade: http://www.vulli.fr/en/the-sophie-la-girafe-story.html
Adquiri um exemplar na Pixmania, fica a sugestão. O meu filho adorou e rilha as patinhas e as orelhas dela como se não houvesse amanhã.
Sim, a Teresa até já escreveu sobre essa girafa no início deste blogue.
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